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terça-feira, 26 de março de 2024

TENENTE ROXANA PEREIRA BONESSI.

Por Capitão Alfredo Bonessi

Meu eterno amigo José Mendes - saúde!

Você fez o velho aqui molhar os olhos de emoção. Boas lembranças da minha madrinha; belas lembranças dos estudos do cangaço; a saudade mata a gente - já dizia o poeta. Mas também revivi do meu marasmo - estava assistindo a duas partidas de futebol ao mesmo tempo- vê se pode ! Kkkkk!

Tenente Roxana Pereira Bonessi

Irmão Mendes, muito agradecido pelas lembranças, estou profundamente penhorado pela atenção recebida. Tenho um respeito muito grande pelo nordeste e pelos nordestinos, sou um admirador profundo da cultura nordestina, oro muito a Deus que abençoe o nordeste e todas as pessoas queridas daqui, são seres humanos notáveis, corajosos, trabalhadores e honrados - tenho muito orgulho em ser conhecido por eles e mesmo lembrado com o meu nome constando desse precioso  blog que muito nos honra. O teu blog é uma imagem viva da História do Nordeste e jamais serás esquecido.

Com a certeza que o compadre Lampião e a nossa comadre Maria estão muito bem espiritualmente, e muitos do grupo dos cangaceiros também - habitam hoje na luz de Deus- e prontos para retornarem ao mundo para os devidos acertos pelas estrepolias praticadas no passado, comungo nesse momento com todos os sertanejos, volantes e cangaceiros, vítimas e algozes, que Deus em sua infinita misericórdia aliviará todas as dores do corpo e da alma, e que um dia todos possam irmanados comungarem sob a luz de Deus, do amor, por toda a humanidade.

Abraço forte

Alfredo Bonessi - 01/02/2024

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MOÇÃO DR. FRANCISQUINHA

 Por: Wescley Rodrigues


Caros(as),

Abaixo, segue a moção de apoio da pesquisadora Dr. Francisquinha em prol do restauro da casa grande do sítio Jacu.

Cordialmente
Prof. Wescley Rodrigues

Rostand Medeiros e Drª. Francisquinha - neta do cangaceiro Sabino

Cajazeiras – PB, em 11 de julho de 2013

Ilmº. Sr.
Prefeito Municipal de Nazarezinho  - Estado da Paraíba
Salvan Mendes

Prezado Senhor,

Falar de cangaço é falar da nossa cultura de um movimento histórico-social, realizado por homens que em sua maioria eram do campo, valentes, corajosos e ousados, que se rebelaram contra a ordem dominante que esmagava os menos favorecidos, vidas sofridas, principalmente, pela ausência de justiça e educação.
         
Não queremos enaltecer os personagens da época, isto é, os cangaceiros, mas eles deixaram um legado imensurável para a história, pela coragem com que enfrentavam as adversidades do sertão, e na forma ousada de fazer justiça; de modo que o tema cangaço, é motivo de incessantes pesquisas por acadêmicos, historiadores e pesquisadores.
       
A propósito da pesquisa, a Casa do cangaceiro Chico Pereira, localizada no Sitio Jacú, município de Nazarezinho – PB,  carece urgentemente de Recuperação a qual contribuirá para a saga do cangaço.
      
Como pesquisadora e estudiosa do cangaço, venho respeitosamente solicitar das autoridades do município a Restauração e Tombamento da Casa supracitada que é de grande relevância para a história.

Atenciosamente,
Francisca Pereira Martins
Professora, Advogada, Pesquisadora e Sócia da Sociedade Brasileira de Estudos do  Cangaço (SBEC)

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
Wescley Rodrigues

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ESQUINA DAS FLORES

Por Hélio Xaxá


Uma casinha sóbria
Um pequeno sobrado
Que tem vida própria
E belo Jardim rosado...
Não seria tão normal
Se não fosse o seu teor
É calçada ornamental
Paralelepípedo em flor.
Abrigo de passarinhos
Paraíso das borboletas
Sombra pros bichinhos
Inspiração pros poetas.
Morada dos beija flores
É na esquina das flores.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=122157427580067723&set=a.122103501824067723

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segunda-feira, 25 de março de 2024

CANGAÇO: LAMPIÃO ELIMINA "DELATOR" DE SEU PAI

Por Fatos na História 

https://www.youtube.com/watch?v=uT3bXner2qY&ab_channel=FatosnaHist%C3%B3ria-Canga%C3%A7oeNordeste

"Era por volta das 19h do dia 14 de agosto de 1922, quando Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, dois irmãos e mais um grupo de cangaceiros foram até Água Branca, no sertão alagoano, fazer uma tocaia e cumprir uma missão que juraram a si mesmos..." Referências: ."Processo de 1922 revela tocaia de Lampião para m***r delator de seu pai", por Carlos Madeiro (Portal UOL) - Via Blog Lampião Aceso Imagens: .Lampião Aceso

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ROTA DO CANGAÇO REFAZ PASSOS DE LAMPIÃO E MARIA BONITA NO NORDESTE BRASILEIRO.

 Por Fernanda Cappellesso.

https://curtamais.com.br/goiania/rota-do-cangaco-aventura-historica/?fbclid=IwAR1UcPpAWanE3wA1kD0YDHRQPb2tlLEyvlzszzi4SQAL35I9yI-RK4LrYN0

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CHEGADA DE DOIS CANGACEIROS PRESOS: VOLTA SECA E BANANEIRA.

 Por Guilherme Machado Historiador.

Tenho essa foto salva há muitos anos mas não tenho muitas informações sobre. Se não me engano, foi tirada em 1932, na estação de trem de Periperi em Salvador(BA), com a multidão esperando a chegada dos cangaceiro presos Volta Seca e Bananeira. À direita, dois volantes aguardam.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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CONHEÇA A CANGACEIRA SILA NO LIVRO "SILA DO CANGAÇO... ... AO ESTRELADO

 Da escritora Elane Marques


Se este livro "SILA DO CANGAÇO... ... AO ESTRELADO" estiver faltando em sua estante,  precisa adquiri-lo urgentemente, porque livros com tema cangaço voam rapidamente, principalmente os colecionadores não dão chances, arrebatam logo, chegando a comprarem em grande quantidades. 

Basta entrar em contato com o Dr. Archimedes Marques através deste e-mail: 
archimedes-marques@bol.com.br

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O BANDO DE LAMPIÃO FOGE A UM CÊRCO DE 300 HOMENS EM LAVRAS

 Por Antônio Filemon Rodrigues Pimenta


Um telegramma de Fortaleza para esta cidade, de 2 deste (Julho de 1927 possivelmente. O autor não colocou o mês e ano) diz que: 

Lampeão mais vez escapou de um cêrco das forças civís commandadas pelo fazendeiro Cel. Raymundo Augusto, chefe de Lavras (Ceará), que despunha de cerca de 300 homens bem armados, assegurando que dessa vez que os bandidos não escapariam.


Diziam mais que, segundo os últimos telegrammas para os jornaes d'ali, constou que Lampeão contava sempre em toda parte com escandalosa proteção, visto como passou no município de leó? sem munição e sem cavallos, chegando em Lavras bem municiado em bôa cavallada. Disse mais constar estarem os bandidos em "Tipy" no mesmo local onde passaram cerca de vinte dias refasendo a forças e curando feridos. Afinal Lampeão evaciu-se, decepcionando o público, visto como o governo dizia esrar próximo o fim do terrível fascínora. Disse saber-se que muitas ordens, emandas do governo não eram infelismente cumpridas pelos seus commandados, resultando fracasso inqualificável.

Fonte: O Cangaço na Imprensa Mossoroense
Tomo II
Antônio Filemon Rodrigues Pimenta
(Pesquisa e Organização)
Fundação Vingt-un Rosado
Coleção Mossoroense
Série "C!, número 1104,
Outubro 1999
Página 54
Livro doado a mim pelo pesquisador Kydelmir Dantas
Digitado por José Mendes Pereira

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FOTO DOS CANGACEIROS QUE EM 13 DE JUNHO DE 1927, PARTICIPARAM DA TENTATIVA DE INVASÃO À CIDADE DE MOSSORÓ, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

Por José Mendes Pereira
https://br.pinterest.com/pin/351632683391606880/

Esta fotografia dos cangaceiros que participaram da tentativa de assalto frustrada à cidade de Mossoró, foi feita em Limoeiro do Norte, no Estado do Ceará. 

Kydelmir Dantas

O professor, poeta, escritor, pesquisador do cangaço, do rei do baião Luiz Gonzaga do Nascimento, e do Trio Mossoró, nos informou o seguinte: 

Esta foto foi feita em Limoeiro do Norte-CE, pelo fotógrafo local CHICO RIBEIRO. Como foi revelada no Laboratório do jornalista José Octávio, em Mossoró-RN, erradamente a maioria dos pesquisadores coloca este último como o autor. A original, ampliada, está no acervo do Museu Histórico Lauro da Escóssia.

O pesquisador nos apresenta a fonte de pesquisas sobre o autor da foto dos cangaceiros acima, que foi feita na cidade do Limoeiro do Norte, em terras do Estado do Ceará.

Agora sem demora, vamos acompanhar passo a passo  o escritor e pesquisador do cangaço, Antônio Filemon Rodrigues Pimenta, para conhecermos os nomes dos cangaceiros que estão na foto acima, além de outros que participaram da tentativa frustrada de assalto à cidade de Mossoró, mas não aparecem na imagem.

 Antônio Filemon Rodrigues Pimenta.

O BANDO SINISTRO QUE FEZ TENTATIVA FRUSTRADA DE ASSALTO EM MOSSORÓ, NA TARDE DE 13 DE JUNHO DE 1927 , CONFORME DEPOIMENTO DE José Leite de Santana, o CANGACEIRO "JARARACA", COMPUNHA-SE DOS FACÍNORAS SEGUINTES.

1 - Lampião (que se intitula de Capitão, e chama-se Virgolino Ferreira).

2 - Sabino (que se intitula de Tenente, e chama-se Sabino Gomes). 

(Alteração do blog - http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Sabino das Abóboras ou Sabino Gomes é um dos mais importantes e enigmáticos cangaceiros do grupo do rei do cangaço Capitão Lampião, que  fez parte do bando como sendo braço direito de Lampião a partir do ano de 1924 até sua morte em 1928, na Fazenda de seu Antônio, o famoso Antônio da Piçarra. Sabino é uma figura que gera acalorada discussão entre historiadores, já que seu nome real, local de nascimento e filiação não são um consenso entre estudiosos do tema.
Existem algumas versões para seu nome verdadeiro, porém, as mais aceitas e utilizadas são, Sabino Gomes de Góis ,Sabino Gomes de Melo, Sabino Gore e Sabino Gomes de Góes. Cada um desses nomes tem uma explicação e estão diretamente atrelados aos outros dois problemas, filiação e local de nascimento, eis aqui as versões:

José Bezerra Lima Irmão, no livro "Lampião a Raposa das Caatingas":

"Foi justamente ali (Fazenda Abóboras) que nasceu e viveu sua infância o terrível Sabino Gomes de Melo, um dos mais destacados nomes da história cangaceira, mais audacioso do que o próprio Lampião. Por ser da família dos Gregório, palavra difícil de pronunciar, quando menino era chamado de Sabino Gore, o que levou alguns autores a supor que ele se chamava "Sabino Góis". Tendo trabalhado algum tempo como ajudante de vaqueiro na fazenda Goa, na Paraíba, era por isto também conhecido como Sabino Goa, a mesma razão pela qual era igualmente chamado de Sabino das Abóboras."

Rodrigues de Carvalho, no livro "Serrote Preto":

Sabino Gore era natural de Pedra do Fumo, município de Misericórdia (atual Itaporanga), na Paraíba. Na grande seca de 1915, Sabino e seus irmãos, Gregório e Elói, mudaram-se para Pernambuco. Ao passarem pela fazenda Abóboras, os retirantes encontraram guarida e ficaram trabalhando para o coronel Marçal. Gregório e Elói trabalhavam na lavoura, enquanto que Sabino era vaqueiro, mas na calada da noite fazia roubos nas redondezas. Quando foi descoberto, assumiu abertamente a profissão de cangaceiro, mas os irmãos não o acompanharam.

Renato Luís Bandeira, no livro "Dicionário Biográfico Cangaceiros & Jagunços":

"Nasceu no lugar Serra do Fumo, município de Misericórdia (PB), mudando-se para Triunfo (PE) em 1915, onde se tornou afilhado do poderoso Coronel Marçal Florentino Diniz, chefe político da Fazenda Abóbora no Pajeú pernambucano. Era chefe dos jagunços de Marcolino Pereira Diniz, rico coronel e comerciante em Triunfo. Passou muitos anos tendo vida dupla: durante o dia era vaqueiro e trabalhador, mas na calada da noite salteador e cangaceiro, dando apoio ao bando de Lampião, a partir de 1923."

Frederico Pernambucano de Mello, no livro "Guerreiros do Sol":

Sabino era filho natural do coronel Marçal com uma negra cozinheira de sua casa. Sabino, mal completou 18 anos, tornou-se autoridade, ao ser nomeado comissário das Abóboras. Em uma festa que houve num daqueles pés de serra, ele se envolveu numa briga, e em virtude disso se mudou para o município paraibano de Princesa, sob o amparo de seu meio-irmão Marcolino Pereira Diniz, filho legítimo de Marçal. Quando se iniciou a construção do açude Boqueirão de Piranhas, em Cajazeiras, Marcolino, que era homem influente ali, onde era presidente do Clube Centenário, empregou o irmão nas obras da barragem, executadas pela empreiteira norte-americana Dwight P. Robinson & Co. Inc. Depois, aí pelo ano de 1921, como Marcolino precisasse de um sujeito de confiança para sua proteção pessoal, Sabino passou a ser seu guarda-costas. Na companhia de Marcolino, o futuro cangaceiro teve oportunidade de conhecer as mais destacadas figuras da sociedade de Cajazeiras e da própria capital paraibana. Foi por esse tempo que, em alguns casos por conta própria e noutros instigado por Marcolino a fim de perseguir seus desafetos, Sabino começou a fazer certos "trabalhos" nas horas vagas: à frente de um grupo de malfeitores, passou a pilhar pequenas localidades das vizinhanças de Cajazeiras. Andava pelas ruas equipado com duas cartucheiras peitorais cruzadas em "X" e outra na cintura, um rifle Winchester, uma pistola Colt e dois punhais embainhados, com um lenço ao pescoço e chapéu de couro quebrado na frente e atrás. Wikipédia).

3 - Benevides (cujo nome é Massilon Leite, e cujos paes moram ao pé da serra de Luiz Gomes, onde o bandido costuma repousar das terríveis cangaceiras).
4 - Jararaca - Cujo nome é José Leite de Santana - ferido e preso no combate de Mossoró. É natural de Buíque - Pernambuco).
5 - Ezequiel Ferreira - (irmão de Lampião).
6 - Virgínio Fortunato - (cunhado de Virgolino).
7 - Luiz Pedro - (natural de Retiro, em Triunfo - Pernambuco).
8 - Chumbinho. 
(Observação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com
(Não temos maiores detalhes sobre este cangaceiro e de outros da lista).
9 - João Delfino.
10 - Manoel Antonio - Natural de Bom Nome - Pernambuco).
11 - Quindu - (Natural de Bom Nome).
12 - Az de Ouro - (Natural de São Francisco).
13 - Candieiro - (Natural de Serra do Monte). 
(Observação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Não confundir este cangaceiro com Manoel Dantas Loyola, que era de Buíque, Pernambuco. E entrou no cangaço por volta de 1936 ou 1937). Este último foi sobrevivente do massacre aos cangaceiros na Grota do Angico, na madrugada do dia 28 de julho de 1938, no Estado de Sergipe).
14 - Barra Nova - (Natural de Serra do Monte).
15 - Vareda - (irmão de Candieiro).
16 - Serra do Mar.
17 - Rio Preto - (Cujo nome é Vicente Feliciano, negro velho e valente, da Parahyba, que tem a presumpção de balla não entrar no seu côro.
18 - Luiz Sabino - (pessoa de Sabino Leite, moço e audacioso).
19 - Fortaleza - (Informação do (http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Não sabemos se este Fortaleza era aquele que foi morto juntamente com os seus comparsas Medalha, Limoeiro e Suspeita, mortos em Mata Grande - no Estado de Alagoas, em 1935).
20 - Moreno - (Muito malvado).
21 - Euclides.
22 - Beija-Flor - (Natural de Piauhy).
23 - Chá Preto.
24 - Tenente - ((cujo nome é José de Souza, Natural de Riacho do Navio).
25 - Trovão - (Natural de Serra do Matto).
26 - Camilo - (Natural de Serra do Matto).
27 - Antonio dos Santos - (Natural do Ceará).
28 - Marreca - (Natural de Pajehú).
29 - Bentevi - (Natural de Cariry)
30 - Sabiá - (Cangaceiro velho - (Natural de Cariry).
31 - Pinga-Fogo - (Natural do Ceará).
32 - José Relâmpago - (Natural do Cariry).
33 - Vinte e Dois - (natural do Cariry).
34 - Lua Branca - (Irmão do Vinte e Dois e Natural do Cariry)).
35 - Antonio Caxeado - (Natural de Pernambuco).
36 - Pae Velho - (Cabra Velho, que foi cangaceiros dos Carvalhos, das Piranhas).
37 - José Pretinho).
38 - Luiz Pedro - (Que há 5 anos acompanha Lampeão). 
(Observação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com
(Na lista existem 2 Luiz Pedro. Acho que o primeiro que foi numerado número 7, é o mesmo número 38). 
39 - Mergulhão - (Natural do Pajehú).
40 - Coqueiro - (Natural do Ceará. Este foi quem atirou no carro que conduzia o coronel Antônio Gurgel do Amaral, para o Brejo).
41 - Oliveira - (O cangaceiro Menino).
42 - Quixadá.
43 - Colchete - (Cabra pequeno, repugnante e atrevido, que morreu no ataque à casa do prefeito nesta cidade (Mossoró). 
(Observação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com
(O Colchete não aparece na foto, porque fora assassinado na cidade). A foto acima foi feita em Limoeiro do Norte após os ocorridos em Mossoró).
44 - José Roque.
45 - Côco.

E outros de quem não se recordava Jararaca. Como se ver de um retrato tirado em Limoeiro do Norte, logo que ali chegou o bando.

 Há mais os nomes seguintes;

Navieiro, Valatão, Félix, Miúdo, Mourão, Benedicto, Jatobá, Alagoano, Pinhão e Miguel.
Aparece um Delfino, que deve ser o José Delfino desta Lista. 
Se ali só haviam 41 bandidos, é facto que 12, inclusive os 2 enterrados aqui, desapareceram. 

Jararaca preso na cadeia de Mossoró.

Informação do blogdomendesemendes.blogspot.com 

(O cangaceiro Jararaca que informou quem eram os facínoras que aparecem na foto, não está nela, porque, quando foi feita a imagem, ele estava preso em Mossoró).

As alterações que o nosso blog fez jamais prejudicará o trabalho do escritor Antônio Filemon Rodrigues Pimenta.

O CANGAÇO NA IMPRENSA MOSSOROENSE
Antônio Filemon Rodrigues Pimenta.
Tomo II
Páginas 27, 28 e 29.
Fundação Vingt-Un Rosado 
Coleção Mossoroense
Série "C", Número 1104,
Outubro 1999.
Digitado por José Mendes Pereira.
Mossoró-RN.

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domingo, 24 de março de 2024

CHOCALHOS DOURADOS DE LAMPIÃO

  Por José Mendes Pereira


A inveja está presente em todas as classes sociais, e até mesmo, em todas as espécies de animais, porque, quando um ver outro capturar uma presa, quer tomar de imediato, como se dissesse: “- Você pegou, mas é meu!”. E parte para o ataque do toma toma.


Se você observar o comportamento de um animal, por exemplo, uma rês (eu vivi no campo e conheço as astúcias de muitos deles), que geralmente tem ao seu lado uma amiga ou amigo, ali, o ciúme doentio está presente, que não quer nem que outra rês, fique perto do amigo ou da amiga. E assim caminha os seres vivos completamente tomados pelo ciúme. A inveja nasce até mesmo por coisas que não têm valor nenhum. E o ser humano é assim mesmo, pior do que os próprios animais. Inveja até o lugar que o outro se senta, se deita, faz refeições, frequenta, debocha para acabar uma amizade...

O difícil é nós sabermos o que leva um sujeito ter inveja de um simples objeto, quase sem valor, chamado chocalho, que só serve mesmo para ser colocado no pescoço de uma rês, e soltá-la no campo, e com o seu som, indicar ao vaqueiro em que direção está ruminando o animal chocalhado. 

Rostand Medeiros
 
O historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros escreveu o que segue sobre a grande inveja do fazendeiro José Saturnino, que teve dois Chocalhos dos animais de seu José Ferreira da Silva, pai dos famosos cangaceiros Lampião, Antonio, Livino e Ezequiel Ferreira.

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Vamos apreciar o que diz o Rostand:

Ferreiras e Nogueiras eram vizinhos. Um parente dos Nogueiras, o José Saturnino, se mostrou “despeitado”, quando viu que o gado dos Ferreiras andava na caatinga com uns chocalhos bonitos, dourados, comprados em Juazeiro do Norte, no Ceará. 

-Chocalho dourado

Até então, todos os chocalhos que chegavam à fazenda Serra Vermelha eram negros e sem graça. No sertão, onde o gado é criado sem cercado, o chocalho funciona como um meio de o vaqueiro localizar bois, vacas e cabras. Saturnino invejando, amassou o chocalho do gado dos Ferreiras e sem eles nas suas reses perderam bois e vacas.

Vaqueiro e seu amado cavalo

Para não ficarem por baixo os Ferreiras deram o troco, amassando chocalho do seu gado. Saturnino não gostou; capou o cavalo de Virgulino. Virgulino cortou os rabos das vacas de Saturnino. A briga cresceu e o juiz de Vila Bela obrigou os Ferreiras a se mudarem. Foram morar no distrito de Nazaré, hoje Carqueja, com uma condição; nem visitavam Serra Vermelha, nem Saturnino entrava em Carqueja. Mas José Saturnino quebrou o acordo e os Ferreiras não gostaram.

Lampião e seu irmão Antonio Ferreira

Começaram a fazer arruaças em Carqueja. Foram obrigados a se mudarem, desta vez para Alagoas, onde um amigo de Saturnino, a pedido deste, matou o pai de Virgulino e feriu um irmão. 

Tenente Zé Lucena responsável pela morte de José Ferreira da Silva pai dos Ferreiras.

Virgulino decidiu vingar-se.

Integrou-se ao bando do cangaceiro Sinhô Pereira e depois começou a agir por conta própria, com seu próprio bando. Seu poder cresceu, ele passou a ser temido até pelos governadores.

Sinhô Pereira - https://br.pinterest.com/pin/483925922460968767/

Em 1926, chegou a propor ao governo de Pernambuco dividir o Estado em dois: à capital caberia a administração do litoral, enquanto ele reinaria sozinho, no Sertão. De cangaço em cangaço, Lampião terminou por ter a cabeça colocada a prêmio por 50 contos de réis.

Cabeças decepadas dos cangaceiros Lampião, Maria Bonita e seu bando

Em 1938, seu bando foi desarticulado, ele e seus companheiros foram degolados e suas cabeças exibidas em praça pública.

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"O BRONZEADO", UM DOS BANDIDOS QUE ATACARAM O APODY EM 10 DE MAIO.

 Por Antônio Filemon Rodrigues Pimenta


Desde dias de julho findo chegou a esta cidade, o prisioneiro Manoel Ferreira, por alcunha - Bronzeado, que fez parte do bando chefiado por Décio Hollanda e Massilon Benevides, que atacou a cidade de Apody a 10 de maio deste anno. Capturado em Martins, ao subir a ladeira da serra onde demora àquella cidade, o bandido fez revelações, que aclararam o processo instaurado, em Apody contra os mandantes do assalto.


Bronzeado falla a todo o mundo que o visita e conta a sua história, a mesma, com os pormenores que pode e sabe.

Diz, como o ouvimos, que é natural de Lavras, tem 27 annos, solteiro, é filho do agricultor Antonio Vicente Ferreira e Maria Roymunda da Conceição, tendo dois irmãos, menores de 15 annos para baixo, de nome José Vicente e Maria, seus paes moram no sítio "Iracema" de Lavras, perto do Sr. João Augusto, um dos perseguidores de Lampião.

Bronzeado diz que trabalhava ao Sr. José Cardoso, que mora em uma fazenda do Sr. Izaías Arruda chefe de Missão Velha e do qual o Cardoso é primo. Estava ali trabalhando quando chegou a ordem do Sr. Izaías de seguirem para Apody. Afim de fazerem o ataque já conhecido, a convite do Sr. Décio Hollanda, morador em Pereiro. Elle e outros não queriam seguir, mas foram obrigados.

O portador da carta de Décio fôra o conhecido "chauffeur" Júlio Porto, também bandido, que aqui morou. Ao bandido Massilon que morava naquella fazenda e onde trabalhava de sapateiro, e ao Júlio Porto Juntaram-se 14 pessoas mais, inclusive elle, Bronzeado. Desse pessoal de Izaías declaro, diversos estão no bando de Lampião como se verá dos nomes seguintes:

Vareda, José Ruque, Grigório, José Torneiro, Coqueiro, Asa Branca, Calangro, Mormaço, Cajazeira, Miúdo, Rouxinol, Jurity, Nevoeiro, (ou Navieiro)? 16 pessoas as acima citadas.

Isto em dias de abril, e seguiram para a fazenda "Bálsamo" de Décio Hollanda. D'ali marcharam para Apody, onde chegaram pela madrugada em 10 de Maio, andando à noite e ocultando-se de dia, desde a sahida de Missão Velha.

Em Bálsamo, juntaram-se mais 4 indivíduos de nome: Vicente Brilhante; outro que este chamava de primo, Vicente de tal e mais um morador de Décio. Este acompanhou o bando até 3 léguas, voltando a exigências de Massilon, que presenciou a aflicção em que ficara a mulher de Décio, que chorava e pedia não violentassem as famílias.

Pobre senhora, tão digna de consideração.

Há minudências outras que já a nossa imprensa revelou.

O CANGAÇO NA IMPRENSA MOSSOROENSE
Antônio Filemon Rodrigues Pimenta.
Tomo II
Páginas 69 e 70.
Fundação Vingt-Un Rosado 
Coleção Mossoroense
Série "C", Número 1104,
Outubro 1999.

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SAUDOSO PROFESSOR LUIZ SERRA, AUTOR DO LIVRO "O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO".

 Por José Mendes Pereira

Prof. e escritor de Brasília Luiz Serra

Lamentável:

Parece-me que este livro foi o seu primeiro trabalho (entenda), sobre cangaço. 

Infelizmente, veio a Covid-19 e o levou. Professor Luiz Serra esteve em Natal com sua filha no ano de 2016, para o lançamento do seu livro. Fui informado por ele que precisava vir à Mossoró, mas ainda não tinha sido programado para lançar a sua obra aqui.

Sempre estudiosos do cangaço me enviam e-mails para adquirirem esta obra, e eu os forneço o e-mail do professor Pereira, para uma possível solicitação, que é: 

franpelima@bol.com.br 

Era professor de língua portuguesa UnB
Pós-graduado UCM RJ
Revisor / fazia orientação para interposição de recursos de Redação / Gramática

Ministrava aulas de treinamento e atualização nos seguintes órgãos:
Itamaraty - Brasília;
Justiça Federal, 1ª Região;
Superior Tribunal de Justiça;
IPEA - Instituto de Pesquisa Aplicada;
Instituto Publix - Gestão Pública;
COOPERFORTE;

Ministrava aulas no IPA - Instituto de Português Aplicado (DF) e no IAD - Instituto Avançado de Direito - DF.

Era assessor de Revisão do CENIPA - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

https://br.linkedin.com/in/prof-luiz-serra-79061246

UM POUCO DA SUA BIOGRAFIA:

Nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 8 de junho de 1950. Licenciado em Letras (Português) e Literatura Brasileira pela UnB e pós-graduado em Linguagem Piscopedagógica do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da FAB (Cenipa), do Ministério da Defesa, Militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense. Como revisor, atuou na Câmara dos Deputados e em obras relevantes na área técnica e administrativa, como no projeto “Governança em Ação”, de Caio Marini, e no livro didático “Provas Discursivas: Estratégias”, de João Dino. Pert. à Associação Nacional de Escritores. Bibl.: O sertão anárquico de Lampião: Cangaço, Canudos, Padre Cícero, Coluna Prestes, Coronelismo e Estado Novo: o Nordeste no início do século XX, 2016. Faleceu a 8 de março de 2021. 

https://anenet.com.br/luiz-serra/

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